Exposição a outras línguas
A experiência lingüística já começa a alterar a percepção fonética aos seis meses de idade. A experiência precoce com mais de uma língua permite a manutenção da percepção dos fonemas dessas línguas. Newport relatou que a janela de oportunidade para a aquisição linguística começa a se fechar aos seis anos. (...) Seja como for que preferir chamá-la, existe uma idade de ouro para adquirir proficiência em falar, entender, ler e escrever que pode – mas nunca deveria – ser desperdiçada e que pode direcionar decisões importantes para as crianças e para os pais. (...) aqueles que iniciam a exposição natural a uma segunda língua na infância geralmente adquirem maior proficiência nessa língua do que aqueles que iniciam na idade adulta. Ou seja, crianças mais novas adquirem uma segunda língua mais lentamente, porém, a longo prazo, atingem um nível de proficiência maior do que os adultos e crianças mais velhas. De acordo com McLaughlin (1984, p. 14-15), as evidências sugerem que as crianças de até seis anos de idade aprendem a língua materna e uma segunda língua de forma muito similar, formulando hipóteses sobre o sistema lingüístico e reconstruindo suas regras com base naquilo que ouvem. (...) Quem inicia a aquisição na infância leva vantagem na pronúncia e na proficiência atingida. (...) As evidências demonstram que, quanto mais cedo o contato com a língua for iniciado, maior será a proficiência adquirida a longo prazo. O período anterior aos seis anos de idade é ainda mais precioso para essa aquisição.
Simone Silva Pires
Free Play
Físico - Free play, “o brincar livre”, promove o exercício físico, que contribui para o desenvolvimento saudável dos bebês.
Social - bebês que brincam com outros, tendem a apresentar melhor interação e habilidade em dividir, negociar, se comunicar e cooperar em grupo.
Cognitivo - bebês aprendem ao brincar livremente. Isso os ajuda a desenvolver criatividade, memória e solução de problemas.
Emocional - O brincar livre proporciona momentos de felicidades e empolgação, ajuda a desenvolver auto estima e confiança.
Story Time
Mesmo antes dos bem pequenos serem capazes de entender grande parte do vocabulário de uma conversa, de uma canção ou de uma história, o bebê já gosta de ouvi-las. Ele gosta de ouvir a entonação e o ritmo que o adulto impõe a sua voz. E esse é o primeiro grande valor de incentivar leitura na infância inicial. 4 Na primeira infância o que mais encanta os bebês são os sons, a fala, a linguagem falada pelos adultos, por isso é comum passarem um bom tempo com o olhar fixo para o rosto de um adulto que fala e expressa o que diz. Sabendo desse encantamento que a leitura de histórias para os bem pequenos e uma boa contação devem ser atividades diárias. Essa prática torna-se essencial para o desenvolvimento das linguagens e o gosto pelos livros, pelas histórias.
Concentration
A coordenação motora na criança é estimulada desde cedo, mesmo que involuntariamente, no simples ato de pegar um brinquedo a criança está desenvolvendo a sua motricidade. Trabalhar a motricidade tanto fina como ampla é algo muito importante em todos os níveis da Educação Infantil, o desenvolvimento motor é um processo seqüencial e contínuo relacionado à idade, pelo qual o comportamento motor se modifica.
Let's Sing
Trabalhar com música, desperta o gosto musical, favorecendo o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade, senso rítmico, memória, entre outros benefícios, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de movimentação.
Revista Recrearte
O Cérebro
A maioria dos bilhões de neurônios ainda não estão conectados uns aos outros no momento do nascimento. Tais conexões neurais, chamadas sinapses, serão formadas fora do útero materno, em contato com o ambiente. Aos dois anos de idade, o número de sinapses no cérebro de um bebê é igual ao de um adulto; aos três anos, é quase o dobro; e o cérebro torna-se super denso. Esse número permanece estável até os dez anos, idade que dá início a um processo gradual de poda das sinapses. Ao final da adolescência, metade das sinapses desapareceram, restando 500 trilhões, número que ficará praticamente estável por toda a idade adulta. Na verdade, sinapses são criadas e eliminadas durante a vida toda. Porém, a criação de sinapses é claramente maior que a perda até os três anos de idade, enquanto, na adolescência, essa proporção é invertida. Todos esses números servem para deixar claro que nosso potencial genético determina a quantidade de neurônios que teremos durante a infância e a idade adulta. Entretanto, a rede de conexões entre esses neurônios é deixada a cargo do ambiente. As experiências pelas quais passa uma criança determinam a forma que terá seu cérebro na idade adulta, pois a poda que ocorre na adolescência atinge as conexões que não foram utilizadas repetidamente, enquanto aquelas que foram usadas com frequência na infância permanecem. (…) Portanto, como três quartos do cérebro se desenvolvem fora do útero da mãe, em contato com o mundo, com os pais ou cuidadores, o tratamento que a criança recebe no início da vida tem um impacto determinante de longa duração. A disponibilidade cerebral para o aprendizado nesse período nunca será atingida novamente na vida.
Simone Silva Pires
Montessori
Maria Montessori defendia que o bebê aprende pelo tato assim como pelos outros sentidos também. Por isso, devemos proporcionar atividades sensoriais para que os bebês explorem e descubram diferentes formas e sensações por si próprios. Os defensores desse método também acreditam que os bebês precisam de espaço para livre circulação e que os brinquedos, quadros e espelhos, devem estar na altura da criança para que ela seja independente e desde pequena tenha senso de organização.
“As crianças são aprendizes sensoriais. Isso significa que aprendem por meio de seus sentidos. Uma criança que rasga um livro está fascinada pelas sensações do papel rasgando e amassando em suas mãos. A criança que coloca seus dedos no copo e mexe está experimentando mexer com água. A criança que faz bagunça com a comida o faz porque está aprendendo a comer.”
(Montessori on the Doube)